O 7 de novembro de 1993 acabou se tornando uma data inesquecível para todos os fãs de velocidade no mundo. Ela poderia apenas significar a última corrida de Alain Prost, que pendurava seu capacete após 14 temporadas, ou a 256ª prova de Riccardo Patrese (Benetton), ou a despedida de Derek Warwick (Footwork).
Contudo, a prova em Adelaide, na Austrália, iria acabar sendo lembrada pelo fato que ali seria obtida por Ayrton Senna sua última vitória, não apenas com a McLaren, mas também na F1.
O brasileiro dependia de um triunfo para assegurar o vice-campeonato mundial, já que a taça de campeão já pertencia ao francês da Williams e para um fim de semana que marcaria o final de um relacionamento de seis temporadas, nada melhor que uma inesperada pole para começar. Senna anotou 1min13s371, numa volta que em tese, não deveria ter acontecido. Ron Dennis, então chefe da McLaren foi alertado que a gasolina no carro do brasileiro estava muito baixa e que Senna deveria regressar ao Box, mas o piloto acelerou e ao mesmo tempo não entendeu a ordem vinda do pit Lane.
Na corrida, no domingo, tivemos a necessidade de três largadas para uma valer. Na primeira, Ukyo Katayama (Tyrrell), deixou o motor morrer. Na segunda tentativa, Eddie Irvine (Jordan), posicionou-se fora de seu lugar no grid.
Já na terceira saída, Senna manteve a ponta, com Prost e Hill logo atrás com suas Williams e Michael Schumacher era o quarto com a Benetton. No fundo do pelotão, Toshio Suzuki (Larousse), acertou Pedro Lamy (Lotus) e atrapalhou a prova dos dois.
Com 20 voltas, o motor Ford do alemão da Benetton apresentou problemas e ele encostou o carro na pista abandonando a corrida. Na 25ª passagem, Senna foi ao Box fazer sua única troca de pneus, cedendo a liderança para Prost, mas a mesma ficou apenas quatro voltas com o francês, sendo devolvida em seguida para Senna.
Na parada de Prost, Hill, que ainda sonhava também com o vice, pulou para o segundo lugar, mas na volta 55, ele rodou e perdeu o posto para o francês. Na frente, Senna seguia impertubável rumo a sua 41ª e última vitória na F1.
Só que quando o mundo pensava que a corrida tinha acabado na bandeira e não reservava nenhuma surpresa mais, as câmeras de TV viram o contrário. Ayrton cumprimentou Alain no parque fechado e pouco depois, no pódio, os inimigos declarados estavam tão relaxados que Senna se permitiu erguer o braço de Prost e puxou Hill para um abraço coletivo no pódio.
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